sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Tribunal chileno revisará decisão sobre fusão de TAM e LAN

Corte de Defesa da Livre Concorrência analisará união por pedido da companhia chilena para que retifique 'erros de cálculo'

O Tribunal de Defesa da Livre Concorrência (TDLC) do Chile anunciou nesta quarta-feira que revisará a decisão judicial que aprovou a fusão da companhia aérea local LAN com a brasileira TAM, devido ao pedido da companhia chilena para que retifique "erros de cálculo".

"Vamos revisar se esses erros existem e, se existem, vamos retificá-los", disse o presidente do TDLC, Tomás Menchaca, em declarações ao site do jornal "La Tercera". Menchaca informou que a revisão deve estar pronta na próxima semana e garantiu que, se houve algum erro de cálculo, não deveria ter maior incidência nas conclusões da decisão que aprovou a fusão das companhias aéreas, mas a deixou submissa a 11 condições.

A LAN solicitou na terça-feira ao tribunal antimonopólios que retifique "erros de cálculo numéricos" em relação aos yields (tarifas por quilômetro em cada rota). A companhia aérea estima que estes erros provocaram "o questionamento por parte do TDLC da informação entregue pela empresa". "Tais erros levaram o Tribunal a incorrer em uma sobreestimação significativa tanto dos yields como da receita gerada pelas rotas contidas em seus cálculos", detalhou a LAN em comunicado.

A companhia acrescentou que durante esta semana continuará analisando as medidas de mitigação impostas pelo tribunal e que segue trabalhando nos assuntos pendentes para finalizar a fusão, processo que pode ser concluído no primeiro trimestre de 2012.

O TDLC condicionou a fusão à realização de 11 medidas de mitigação, como forma de garantir a livre concorrência em diversas rotas aéreas da região, principalmente entre Santiago e São Paulo e entre Santiago e Lima. A fusão entre LAN e TAM criará a LATAM, com um valor em bolsa de US$ 12,14 bilhões. Para que a operação seja concretizada está pendente um pronunciamento do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que será divulgado no final de outubro.

Fonte: EFE

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