quarta-feira, 29 de junho de 2011

Setor aéreo doméstico cresce 28%; Tam lidera com 44%

O Grupo Tam (Tam e Pantanal) permanece na liderança do mercado da aviação doméstica, com 44,43% de participação no mês de maio, seguido por Gol/Varig, com 35,39%. O crescimento também atingiu o restante das aéreas (Azul, Trip, Webjet e Avianca), que registraram 20% de participação do mercado, contra 19,01%. Os dados são da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac).

Por empresa, a Azul obteve 8,07%, a Webjet, 5,16%, a Trip aparece com 3,05% e a Avianca tem 2,94%. A demanda por voos no mercado aéreo doméstico teve um aumento de 28,67% em maio, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação à oferta, o crescimento foi de 15,34%. Com isso, a taxa de ocupação chegou a 67,09%, contra 60,13% em maio de 2010.

No internacional, a Tam saltou sua participação para 89,62% do mercado. A Gol/Varig registrou 9,20% e a Avianca, 1,15%. A demanda nos voos internacionais operados por empresas brasileiras cresceu 21,55% em relação a maio do ano passado. No mesmo período, a oferta de assentos aumentou 13,54%. A taxa de ocupação atingiu a marca de 79,25%.

Fonte: Panrotas

Internauta flagra a queda de um aeromodelo no DF

Fonte:G1

O novo Concorde

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Se depender dos projetos apresentados na última semana no Salão Aeronáutico de Le Bourget, na França, a experiência de voar de avião no futuro será semelhante a uma viagem espacial. No evento, o consórcio de aviação europeia (EADS) lançou o seu conceito de aeronave hipersônica. Apelidada de Zehst (sigla em inglês para Transporte Hipersônico de Emissão Zero), a máquina lembra o Concorde – aposentado em 2003 – mas promete superar o supersônico (leia quadro). Uma viagem entre Londres e Tóquio, por exemplo, levaria menos de três horas. E o melhor: sem cuspir CO2 na atmosfera.

O modelo será desenvolvido até 2020 e comercializado após 2040. A ideia é que o voo do Zehst seja dividido em três fases. Primeiro, a aeronave decolaria usando motores comuns. A diferença aqui é o biocombustível feito à base de algas. Depois dos cinco quilômetros de altitude, entrariam em ação os propulsores de foguetes, que levariam os passageiros a 32 quilômetros de altura, na estratosfera. A partir daí, o voo seria conduzido por motores a hidrogênio.

O sistema é tão inovador que, ao menos por enquanto, os pesquisadores não sabem estimar a quantidade de combustível que seria necessária para a viagem. “Não existem parâmetros para esse cálculo. Estamos no início. Mas sabemos que a alta velocidade exigirá muito combustível, por isso os motores terão que ser os mais limpos possíveis”, explica o diretor de Comunicações e Tecnologia do EADS, Gregor von Kursell. Utopia? Só resta esperar até 2040 na esperança de poder dar um pulinho em Tóquio no fim de semana.

Fonte: Aviação Notícias

Brasileiros são os mais barrados na UE

Os brasileiros são os estrangeiros que mais tiveram a entrada recusada nos aeroportos da União Europeia em 2010 e o sexto grupo com mais permanências ilegais detectadas.

De acordo com a agência europeia de controle de fronteiras, Frontex, no ano passado 6.072 brasileiros foram barrados pelas autoridades europeias ao tentar entrar no bloco por via aérea, o equivalente a 12% do total de entradas recusadas.

Quase 30% dos casos envolvendo brasileiros ocorreu na Espanha, onde 1.813 pessoas foram enviadas de volta ao Brasil principalmente por não poder justificar o motivo da viagem ou as condições de estadia no país.

Os brasileiros também foram os mais barrados nos aeroportos da França em 2010, com 673 casos.

Queda

O Brasil mantém a primeira posição entre as entradas negadas nos aeroportos europeus desde que a Frontex começou a contabilizar o dado, em 2008, mas a agência destaca que o número de casos caiu 24% no ano passado em relação a 2009.

“A razão está relacionada à crise econômica. Com menos oportunidades de emprego, a UE se tornou um destino menos atrativo para os imigrantes. Por isso houve uma queda significativa no tráfego aéreo para a UE, inclusive a partir do Brasil”, explicou à BBC Brasil Izabella Cooper, porta-voz da Frontex.

Em segundo lugar, muito atrás do Brasil, estão os Estados Unidos, com 2.338 cidadãos barrados às portas da UE em 2010, o equivalente a 4,8% do total, seguidos de Nigéria, com 1.717 barrados, e China, com 1.610.

Apenas outros dois países latino-americanos estão entre as dez nacionalidades mais recusadas nas fronteiras aéreas europeias: Paraguai, em sexto lugar, com 1.495 entradas negadas, e Venezuela, em décimo, com 1.183.

De maneira geral, considerando também fronteiras terrestres e marítimas, os brasileiros foram a quarta nacionalidade mais recusada pela UE no ano passado, com 6.178 negativas, o equivalente a 5,7% do total.
Em primeiro lugar ficaram os ucranianos, que responderam por 17% do total, com 18.743 negativas, seguidos de russos, com 9.165 negativas, e sérvios, com 6.990.

Ilegais detectados

No ano passado a Frontex também detectou 13.369 brasileiros vivendo ilegalmente em algum país da EU, a maioria deles em Portugal, Espanha e França.

O número representa 3,8% do total de residentes ilegais identificados no bloco em 2010 e coloca o Brasil na sexta posição da lista, liderada por Marrocos, com 6,3% do total.

Na frente dos brasileiros também ficaram os cidadãos do Afeganistão, Albânia, Sérvia e Argélia.

Nenhum outro país da América Latina figura entre os dez primeiros entre as nacionalidades com mais ilegais detectados.

Fonte: Aviação Notícias

Copa Airlines estreia operação em Brasília

Viaturas do Corpo de Bombeiros batizaram o avião Boeing 737-700 da Copa Airlines ao aterrissar no Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília, na madrugada do último domingo. O evento marcou o início das operações da companhia aérea panamenha no Distrito Federal.

A cerimônia reuniu agentes de viagem e representantes da embaixada panamenha. A Copa esteve representada por Marcos Calixto, gerente geral para o Brasil, e Jacqueline Ledo, gerente de vendas.

O novo voo CM 204 parte de Brasília todos os domingos, terças, quartas e sextas, à 5h41, com chegada na Cidade do Panamá às 9h48. A conexão no Hub das Américas panamenho ligará os passageiros brasilienses a mais de 50 destinos da América Central, do Sul, do Norte e Caribe.

Fonte: Jornal de Turismo

Infraero aprova projeto para Cumbica (SP)

O aguardado projeto do TPS 3, novo terminal de passageiros do aeroporto de Cumbica, está pronto e aprovado pela Infraero. Com 230 mil metros quadrados, terá condição de receber 19 milhões de passageiros ao ano, segundo especialistas, quase dobrando a capacidade atual, de 20,5 milhões (em 2010, estourou o limite e recebeu 26 milhões).

O projeto vencedor da concorrência aparece na nova edição da revista "Monolito", a que a Folha teve acesso. O planejamento da Infraero prevê a conclusão de 40% da obra no fim de 2013, com investimento de R$ 716,6 milhões. Com isso, o aeroporto ganharia um fluxo adicional de 10 milhões de passageiros antes da Copa-2014. O restante fica para depois.

O projeto é assinado pelo escritório paulistano de Mario Biselli e Artur Katchborian, em coautoria com Gicele Alves. O desenho lembra o de um avião. De acordo com Biselli, a orientação recebida foi conceber um projeto que pudesse ser executado o mais rapidamente possível.

A demanda inspirou a escolha pelo uso de material pré-fabricado, integralmente metálico. "Será uma obra mais de montagem mecânica do que de construção civil", diz Biselli. Outra demanda, esta de segurança, é que as áreas de embarque e desembarque estejam separadas. Por isso o plano tem cinco pavimentos.

Especialistas elogiam o projeto, mas com ressalvas. "Não é revolucionário, mas tem boas referências", diz o arquiteto Guilherme Wisnik. Ele enaltece o uso de elementos contemporâneos como materiais leves e luz natural. Mas o engenheiro e professor da USP Jorge Leal levanta dois pontos: a mobilidade de um terminal a outro e a modularida de do projeto: "Não pode ser prato pronto. Tem de ter flexibilidade."

Quarto Terminal
Biselli diz que o projeto considera a conexão física por meio de esteiras e local para estação de ônibus. Quanto à modularidade, lembra que as paredes são removíveis e que sobra espaço para um quarto terminal.

O TPS 3 é um projeto antigo e polêmico da Infraero que já está completando 17 anos desde que foi pensado. A licitação da construção depende de detalhamento técnico e só sai no fim do ano.

As obras de terraplanagem do pátio da pista, executadas pelo Exército, já se iniciaram. A Infraero informou que o planejamento será mantido mesmo com a concessão à iniciativa privada.

Fonte: Jornal de Turismo

Dilma quer internet de graça em aeroportos até fim de julho, diz Gleisi

A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, anunciou nesta segunda-feira (27) que a presidente Dilma Rousseff quer implementar, até o fim de julho, internet sem fio de graça nos principais aeroportos brasileiros. “A presidente quer internet gratuita nos aeroportos. Queremos implantar em julho. Se não for possível no início, que seja no final das férias. Pelo menos nos principais aeroportos”, afirmou.

Gleisi afirmou ainda que o governo elabora um “plano de contingência” para evitar atrasos em voos e overbooking. O plano, segundo a ministra, visa ainda garantir um bom atendimento aos passageiros durante as férias de julho.

"Vamos apresentar o plano no fim desta semana ou no início da próxima semana. Queremos o compromisso das empresas aéreas de que não haverá overbooking, de que voos comerciais não sejam usados para charter (voo fretado). Além disso, tem que haver conforto para os passageiros. Queremos analisar as condições das escadas rolantes, das tomadas para computadores, banheiros, entrega de malas, o atendimento", afirmou.

Segundo a ministra, Dilma quer relatórios detalhados de grandes atrasos nos voos de julho. "Voos com grandes atrasos, ela [Dilma] quer receber o relatório para saber o que está acontecendo", afirmou Gleisi. De acordo com a ministra, os detalhes do plano de contingência serão discutidos nesta tarde em reunião com a presidente Dilma e o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, no Palácio do Planalto.

Fonte: G1

Piloto de avião faz comentário homofóbico via rádio e é punido

Um piloto da companhia aérea americana Southwest fez comentários homofóbicos pelo rádio sendo ouvido por controladores de vôos e outros pilotos. As declarações acabaram em suspensão para ele com multa no salário.

O piloto descreveu os colegas da companhia como "um fluxo contínuo de gays, vovozinhas e magnatas". A gravação foi feita em 25 de março, mas liberada somente hoje, 24 de junho pela Força Aérea Americana.

Além de suspenso, o piloto teve que participar de um curso sobre como tratar os companheiros de trabalho.

Fonte: Athosgls

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Voos nos aeroportos da Argentina são retomados gradualmente

Após novos cancelamentos causados pelas cinzas do vulcão Puyehue, as companhias aéreas começam a retomar gradualmente os voos nos aeroportos da Argentina. Neste sábado, voos que partiam do Brasil com destino à Argentina e ao Chile foram cancelados.

A LAN, que cancelou dois voos que partiam do Brasil para a Argentina, informou que já restabeleceu as operações no aeroporto Ezeiza e Aeroparque, em Buenos Aires.

Voos adicionais são oferecidos pela companhia aos passageiros que perderam voos na sexta-feira, 24. Segundo a LAN, os voos para o Chile continuam sendo afetados e as operações serão retomadas assim que o tempo permitir.

Já a Aerolíneas Argentinas informou que normalização dos voos em Buenos Aires começou a partir das 14h e que os voos programados para esta noite estão mantidos. Pelo menos dois voos que passavam pelo Brasil com destino ao Cone Sul foram cancelados neste sábado, segundo a empresa. Os voos cancelados faziam o trajeto Rio de Janeiro-Ezeiza e Rio Grande (RS)-Aeroparque.

Segundo a Aerolíneas, para os destinos de Calafate, Ushuaia, Rio Gallegos e Rio Grande, as operações retornam na manhã do domingo, 26.

A TAM informou que foi cancelado um voo que partiria às 9h25 da manhã deste sábado de Guarulhos (SP) para Montevidéu, no Uruguai. Um voo de Montevidéu com destino a Guarulhos, que partiria do Uruguai às 6h, também não ocorreu. A companhia diz que os passageiros foram reacomodados em outros voos e que os demais voos previstos para este sábado com destino ao Uruguai, Argentina e Chile estão mantidos.

A assessoria de imprensa da GOL informou que nenhum voo foi cancelado neste sábado para Argentina e Chile.

Aeroportos brasileiros
Levantamento divulgado pela Infraero até as 18h deste sábado aponta que 12 voos internacionais foram cancelados até o horário no país dentre os 149 previstos. Dentre os cancelamentos estão 4 voos da GOL e um da TAM.

A Infraero não informa o destino dos voos cancelados. Dentre as partidas internacionais canceladas, cinco ocorreram no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), e cinco no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Infográfico vulcão Puyehue - versão 1 (Foto: Arte / G1)

Fonte: G1

terça-feira, 21 de junho de 2011

Obra em Cumbica começa em 7 de agosto

Começa em 7 de agosto a reforma da pista do aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), o maior do país.

A data foi informada no mês passado pela Infraero (estatal responsável pela administração dos aeroportos) às companhias aéreas.

A obra será na maior pista, de 3.700 metros, e vai até 11 de dezembro, na alta temporada. O asfalto será substituído. No período, a pista será reduzida em cerca de 30%, para 2.500 metros. A outra pista, de 3.000 metros, não será reformada por ora.

Por conta da intervenção, aviões de grande porte, como Boeing 777 e Airbus A-340, que fazem viagens de longa distância, terão que reduzir carga e passageiros. Eles têm de estar mais leves para decolar em uma pista menor.

Serão afetados voos para Europa, América do Norte, Ásia e África. As empresas têm planejado voos com carga quase zero e diminuição de até 20 lugares por voo, algo próximo a 7% da capacidade dessas aeronaves.

PLANO B

Entre as empresas consultadas, a American Airlines cortará carga e passageiros; a Emirates e a British Airways calculam 23 toneladas e 12,5 toneladas a menos por voo, respectivamente -ambas não decidiram a proporção de carga/passageiros.

A companhia britânica foi a única a revelar o prejuízo estimado: R$ 2,58 milhões.

Em 7 de julho, a Infraero interditará a pista por um dia para simular o vaivém de aviões durante as obras.

Se o teste fracassar, o plano de afetar só carga e passageiros dará lugar a outro, mais radical: reduzir os pousos e decolagens em Cumbica, hoje de 44 por hora.

Essa havia sido a primeira proposta da Infraero para a reforma, com corte de 40% nas operações.

Sob o argumento de que o tráfego aéreo entraria em colapso, as companhias aéreas resistiram e a estatal optou por reduzir carga e/ou passageiros só nos aviões maiores.

Fonte: Aviação Notícias

Tam fecha acordo de US$ 2,2 bi com Rolls-Royce

A Tam Linhas Aéreas fechou um acordo com a Rolls-Royce Noth America, que fornecerá serviços de manutenção e motores Trent XWB para equipar 27 aviões Airbus A350-XWB, encomendados pela companhia aérea. O negócio está avaliado em US$ 2,2 bilhões, com duração de 12 anos.

Segundo a Tam informou ao Valor Online, não se trata de nova encomenda de aeronaves à Airbus, já que o pedido foi feito em 2008.

Fonte: Mercado e Eventos

Anac vai apurar irregularidades de habilitação de piloto

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, por meio de nota, no fim da tarde de hoje, que abriu processo administrativo para apurar possíveis irregularidades relacionadas com o acidente com o helicóptero modelo Esquilo, de prefixo OMO-PR, que caiu no mar do litoral sul da Bahia, na noite da última sexta-feira, quando transportava sete pessoas. As equipes de resgate já confirmaram seis mortes - uma pessoa, a empresária Jordana Kfuri Cavendish, ainda é considerada desaparecida.

O foco das investigações é a situação supostamente irregular do piloto, o empresário Marcelo Mattoso de Almeida, de 48 anos. Entre outras irregularidades, ele não teria nenhuma habilitação válida (todas vencidas), não teria licença para pilotar um helicóptero como o que sofreu o acidente, estaria com a autorização médica também vencida, desde agosto de 2006 - pilotos de mais de 40 anos precisam renová-la anualmente -, e não teria habilitação para pilotar por instrumentos. A qualificação seria fundamental para a operação da aeronave na situação em que ocorreu o acidente, à noite e sob chuva.

Para conseguir liberação para a decolagem do Aeroporto Internacional de Porto Seguro, Almeida usou, segundo a Anac, dados de outro piloto, Felipe Calvino Gomes, de 29 anos. Gomes disse que pilotou o mesmo helicóptero na semana passada, no Rio, mas negou que tenha cedido ou autorizado o empresário a usar seus dados na Anac. Além do processo administrativo, o Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) investiga em que circunstâncias ocorreu o acidente. As análises devem durar 30 dias.

Fonte: G1

A Embraer acredita que há riscos no cumprimento do contrato pela companhia aérea americana JetBlue, de acordo com informações do presidente da fabricante de aviões, Frederico Curado. A JetBlue, que vem enfrentando dificuldades, foi a cliente lançadora do avião Embraer 190, de 100 passageiros, com pedido firme de 100 unidades e outras 100 opções de compra, em contrato assinado em 2003 avaliado à época em até 6 bilhões de dólares. "Já deveriam ter sido entregues os 100 (aviões do pedido firme) há bastante tempo. Era para terem sido entregues em quatro, cinco anos e isso não aconteceu. Temos tido uma enorme flexibilidade em termos de ajustar as entregas", disse Curado na véspera da abertura da Paris Air Show, em Le Bourget.

A multa prevista em contrato para a JetBlue no caso de cancelamento do pedido acaba não sendo uma alternativa pelo valor irrisório diante da possibilidade de perda de um cliente dessa relevância. Até o final de março, a Embraer tinha entregue apenas 49 aviões para a JetBlue. Segundo Curado, se a companhia americana adotar em sua frota o novo avião A320neo, da Airbus, a fabricante brasileira "pode ter um risco maior" com as 51 aeronaves restantes da encomenda firme.

Questionado sobre as 100 opções de compra da JetBlue, o executivo foi taxativo: "Exercer as opções é pouco provável, sinceramente". Ele frisou, contudo, que dada a diversificação da base de clientes - são cerca de 60 companhias aéreas atualmente no mundo voando com os E-Jets de 70 a 122 assentos da Embraer - o impacto no resultado da empresa não seria dramático. A Embraer tinha, no final do terceiro trimestre, pedidos firmes por 270 aviões comercias - o equivalente a entre dois e três anos de entregas. Além disso, a carteira contava com 705 opções de compra, número considerado expressivo por analistas.

Segundo Curado, a Embraer tem conseguido transformar mais de 50% das opções em encomendas firmes. A manutenção dessa taxa de sucesso dependerá da conjuntura econômica.

Entregas - Sobre a meta de entregas de aviões comerciais em 2011, de 102 unidades, Curado disse que ela será cumprida apesar de problemas no fornecimento de componentes do Japão, decorrentes do terremoto e tsunami que atingiram o país asiático em março.

O atraso no recebimento de motores da General Electric com peças japonesas fará com que as entregas de jatos no segundo e no terceiro trimestres fiquem um pouco baixas, mas haverá concentração de outubro a dezembro para compensar. Curado disse ainda que a Embraer pretende ter pelo menos 1 pedido novo para cada entrega de avião comercial feita em 2011, para fazer a carteira de pedidos "crescer um pouco".

O executivo afirmou que a Embraer já sente mais pressão de novos concorrentes nas campanhas de vendas, sobretudo da russa Sukhoi com o Superjet 100. Ele citou também o CSeries, da rival canadense Bombardier, ainda em desenvolvimento.

Diante do aumento da competição, a Embraer tem sido criticada por alguns analistas pela demora em decidir seu próximo passo na aviação comercial, se remodela sua atual família de jatos ou se parte para um custoso e arriscado desenvolvimento de uma aeronave maior que a colocaria em disputa com as gigantes Boeing e Airbus. "Estamos sentindo o aumento da competição e não podemos ter ilusão de que vamos ficar de braços cruzados sem anunciar nossos planos e está tudo bem. A expectativa começa a aumentar. Eu continuo achando que até o final do ano a gente já tem um direcionamento", disse.

Encomendas - Durante o evento em Le Bourget, a empresa disse ter recebido encomendas de 39 jatos regionais 190, no valor de 1,7 bilhão de dólares pelo preço de tabela. Os clientes incluem Air Lease Corp, Air Astana, General Electric, Sriwijaya Air e Kenya Airways. A Embraer previu ainda a demanda por 7.225 jatos regionais nos próximos 20 anos, no valor de 320 bilhões de dólares "Vimos uma demanda muito boa por nossos jatos", disse Paulo Cesar de Souza e Silva, vice-presidente de aviação comercial da Embraer.

A empresa terminou março com 16 bilhões de dólares em pedidos firmes nos segmentos de aviação comercial, executiva e defesa, 400 milhões de dólares a mais que dezembro de 2010.

Fonte: Veja Abril

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ameaça de bomba atrasa voos em Washington

Uma ameaça de bomba, feita por uma mulher no aeroporto de Dayton (Ohio), levou as autoridades aeronáuticas a suspender temporariamente os voos no Aeroporto Nacional Ronald Reagan de Washington DC, este domingo, informou a agência de Segurança nos Transportes (TSA, na sigla em inglês).
O alerta foi dado enquanto um avião, da companhia US Airways, estava voando de Dayton para Washington, informou a TSA.
A aeronave aterrissou sem problemas em um terreno distante do aeroporto Ronald Reagan, onde foi revisado por especialistas do FBI (polícia federal americana), da Brigada de Investigação Criminal e da TSA, sem que tenham sido encontrados vestígios de explosivos.
A TSA e a justiça local investigam o incidente.
A porta-voz da Autoridade Metropolitana de Aeroportos de Washington, Courtney Mickalonis, disse que os 44 passageiros do voo foram evacuados às 13h locais (14h de Brasília) e estavam sendo interrogados pelas autoridades.
Após uma breve interrupção dos voos, o aeroporto Ronald Reagan voltou a operar normalmente, acrescentou Mickalonis.
Só os voos da US Airways tiveram alguns atrasos, disse a porta-voz da companhia, Tina Swail.
Fonte: G1

Aeroporto do Galeão registra menos de 10% de atrasos no domingo

Os aeroportos Tom Jobim (Galeão) e Santos Dummont operam visualmente para pousos e decolagens, de acordo com informações da Infraero.
Até às 18h de domingo (19), dos 94 voos domésticos programados para o Galeão, sete foram cancelados e quatro atrasaram atrasados.
No mesmo aeroporto, o panorama dos 27 voos internacionais previstos é o seguinte: dois cancelados e dois atrasados até o momento.
No aeroporto Santos Dummont, dos 74 voos domésticos, seis foram cancelados e dois atrasaram.

Fonte: R7

domingo, 19 de junho de 2011

Brincadeira com laser coloca a segurança de voos em risco

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Frequentemente presente nos estádios brasileiros, o laser verde pode oferecer riscos que ultrapassam os limites do campo de futebol, onde costuma ser usado para atrapalhar os jogadores. No Brasil, perto de aeroportos, é cada vez mais comum o uso da lanterninha capaz de lançar um forte facho de luz a uma distância de 300 metros. Somente no ano passado, 60 casos envolvendo o direcionamento do laser a aviões que estavam prestes a pousar ou logo após a decolagem foram notificados ao Centro de Investigação e Prevenção de Aci den tes Aeronáuticos (Cenipa).

De acordo com Carlos Cama cho, secretário de Segurança de Voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), os pilotos brasileiros têm relatado problemas com o laser verde nos aeroportos localizados nos grandes centros. “As pessoas que apontam o laser contra uma aeronave não têm noção das conse quências da brincadeira. É um risco para os pilotos, tripulação, passageiros e população”, afirma.

No Brasil, quem for flagrado apontando um laser contra um avião pode ser preso e enquadrado por atentado contra a segurança de transporte aéreo, crime que prevê pena de dois a cinco anos de prisão. Em caso de acidente aéreo, a pena sobe para 12 anos de reclusão.

Riscos

O presidente da Associação Paranaense de Oftalmologia, Ezequiel Portella, explica que o contato do laser – tanto o verde, quanto o vermelho – com os olhos, principalmente com a visão central, aquela que utilizamos para ler, pode causar sérias lesões e cegar uma pessoa. “O contato do laser com os olhos é totalmente prejudicial”, diz o especialista em retina.

Na opinião do médico, as autoridades públicas deveriam restringir a comercialização dos dispositivos. De origem chinesa, o laser custa em torno de R$ 50 e pode ser encontrado em pequenas lojas e camelôs.
Por meio de nota, a Aeronáutica – órgão responsável pelo espaço aéreo brasileiro – informa que há uma probabilidade baixa de ocorrer um acidente envolvendo o laser verde. Entretanto, por menor que seja o risco, as pessoas precisam saber que ele existe. “Quando a incidência de raio laser verde acontece no momento do pouso, em que se exige maior concentração do piloto, pode significar um fator de desvio de atenção e causar ofuscamento momentâneo da visão”, descreve a nota.

O aumento da incidência do uso do raio laser verde fez com que o Cenipa emitisse uma nota, em agosto do ano passado, pedindo que os pilotos redobrem a atenção ao detectar a interferência de raios laser. O Cenipa orienta os tripulantes a relatar os casos, mas também recebe denúncias de passageiros e outras pessoas por meio de sua página na internet, com garantia de anonimato.

O problema não é exclusivo do Brasil. Casos semelhantes já foram registrados em diversos países. Um francês foi condenado depois de apontar laser para um avião. Na Austrália, o uso do objeto foi proibido. Em fevereiro deste ano, o Senado americano aprovou regra que torna crime apontar laser para aviões no espaço aéreo dos Estados Unidos. Em Belo Horizonte, no ano passado, uma criança foi apontada como autora da brincadeira, mas o pai dela é quem foi penalizado.

Fonte: Aviação Notícias

Avião com teto panorâmico é aposta da Airbus para 2050

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Uma inovadora concepção de avião com teto transparente pode finalmente terminar com as disputas pela poltrona mais perto da janela. Em substituição aos tradicionais assentos, o Airbus Concept Cabin prevê áreas personalizadas de recreação, teto e janelas panorâmicas. O projeto foi apresentado pela Airbus na Paris Airshow “Le Bourget”, feira que está sendo realizada na França e vai até 26 de junho. A empresa europeia aposta que até 2050 muitas ideias do modelo sejam colocadas em prática.

O protótipo oferece aos passageiros jogos, golfe virtual, sala de leitura e área de compras. Conta com uma estrutura inteligente formada por materiais totalmente biodegradáveis que imitam o esqueleto de um pássaro: os interiores das colunas e materiais de sustentação são porosos, de modo a aguentar a pressão, tornar o avião mais leve e assim reduzir a quantidade de combustível necessária para voar.

As janelas do avião seriam feitas com material biopolímero (compostos químicos orgânicos, como a celulose) e poderiam controlar a temperatura e a umidade interna da nave. Além disso, seriam capazes de ficar tanto opacas quanto transparentes. As poltronas se moldariam ao formato do corpo para garantir o conforto dos passageiros.

Embora a concepção apresentada pela fabricante seja uma espécie de aposta do que será possível no futuro, muitas das tecnologias propostas já existem ou estão em fase de pesquisa - como é o caso dos materiais inteligentes e estruturas porosas. A idealização segue a tendência atual da aviação de buscar alternativas que diminuam a emissão de gases, o consumo de combustível e até mesmo o barulho produzido durante o voo - e, claro, aumentem o conforto de quem viaja de avião.

Fonte: Aviação Notícias

Infraero faz simulação de acidente

Funcionários das empresas e órgãos, que atuam no Aeroporto Internacional Marechal Rondon em Várzea Grande participaram na manhã desta sexta (17), de mais uma simulação do Curso de Preparação do Corpo de Voluntários de Emergência (CVE).

O instrutor do Corpo de Bombeiros e do curso de voluntários de emergência, João Paulo Gonçalves, disse que 40 voluntários e 20 alunos do curso técnico de segurança do trabalho do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e estudantes do curso de Medicina da Unic participaram da simulação. “O objetivo foi testar o conhecimento na prestação de primeiros socorros e o tempo de resposta das equipes de salvamento”.

De acordo com diretor do Aeroporto de Várzea Grande, João Marcos Coelho Soares, o exercício busca chegar perto do real e tem dois fatores. O primeiro diz que é importante para o preparo das pessoas que trabalham no setor aeroportuário. O segundo frisa a integração de todos os órgãos para diminuir os impactos de emergência real.

O voluntário Roberto Vitorazi, “vítima de queimadura estava com muita dor”. Ele explicou que a simulação é muito importante, pois de certa forma contribui para o aprendizado dos voluntários e aumentam os conhecimentos. Ele é professor do Senai.

Vagner Sanches da empresa aérea Azul e também estudante de enfermagem falou sobre a adrenalina da sua participação. Ele contou que sua função era atender uma ‘vítima’ de queimaduras nos braços, lesão do membro inferior e lesão na cabeça.

Na simulação, além da rapidez das equipes em apagar o incêndio no suposto avião acidentado, foram prestados os primeiros socorros as vítimas, tudo acompanhado de perto pelos monitores.

Na simulação, todo o plano de atendimento a emergências foi acionado. Os carros de combate a incêndios que carrega água, pó químico, espuma, dois helicópteros da Polícia Militar, ambulâncias particulares da Help Vida, Card Med para o atendimento a vítimas em situação de difícil acesso.

Fonte: Circuito MT

Contra privatização, quatro aeroportos prometem greve

Os aeroportuários de Guarulhos (SP), Confins (MG), Brasília (DF) e Manaus (AM) já aderiram ao indicativo de greve contra a privatização dos aeroportos para atender a demanda dos jogos olímpicos e da Copa do Mundo. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Francisco Lemos, o carioca Galeão deve seguir a tendência dos demais.

A entidade está viajando com a finalidade de realizar reuniões para programar a greve. No final deste mês, segundo Lemos, haverá uma assembleia nos 67 aeroportos, simultaneamente, para definir se todos vão aderir ou não. "Caso sim, vamos paralisar no País inteiro", aposta o líder sindicalista, para quem será nociva a privatização.

- Não somos contra a parceria com a iniciativa privada. Somos contra a entregar tudo. O número de passageiros, de 2003 a 2010, cresceu 118%. O empresariado não gosta desse aumento, porque para eles é mais vantajoso implantar o conceito de aeroshopping, que não atinge o novo perfil do passageiro.

O sindicalista afirma que a data prevista para a paralisação é dia 6 de julho. Lemos garante que Guarulhos, Confins, Brasília e Manaus entrarão em greve independente da adesão dos demais.

Somado à privatização dos aeroportos, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (16) o texto principal do projeto de lei de conversão à Medida Provisória (MP) 527, que cria a Secretaria de Aviação Civil com a emenda que flexibiliza as licitações para as obras da Copa do Mundo de 2014, e para as Olimpíadas de 2016, criando o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC).

A Federação Nacional dos Trabalhadores na Aviação Civil (Fentac) também já se manifestou contrária à privatização e flexibilizações. Ambas - Fentac e Sina - são filiadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT), histórico aliado do PT.

Fonte: Terra

Identificação de corpos em Paris deve demorar 4 meses

Depois de identificados, os 104 restos mortais de vítimas do voo 447, que começaram a chegar hoje a Paris, serão entregues às famílias. De acordo com o presidente da Associação de Familiares das Vítimas do Voo AF-447, Nelson Faria Marinho, os trabalhos de identificação devem durar cerca de quatro meses.

O prazo, segundo ele, foi informado pelo Escritório de Investigações e Análises para a Aviação Civil (BEA, na sigla em francês) durante reunião com os familiares ontem, em Paris. Marinho, que continua na capital francesa, representou as famílias brasileiras ao lado do diretor da associação, Maarten Von Slujis. Além de obter informações sobre a identificação, ambos pretendiam questionar as autoridades francesas.

O presidente da associação discorda do relatório preliminar divulgado no fim de maio pelo BEA, que apontou uma falha técnica no sensor de velocidade, conhecido como pitot, como a origem dos eventos que provocaram o acidente. "Houve um defeito de fabricação naquela aeronave", afirmou. Na reunião, segundo Marinho, a reclamação não foi levada em conta. "Alegaram que não estava em pauta e, por isso, não poderiam falar sobre o assunto".

No mês passado, advogados brasileiros e franceses ingressaram com ações conjuntas nos dois países processando Air France e Airbus pelo acidente. No Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), a ação foi ajuizada em 10 de maio, e está sendo analisada pela 14ª Vara Cível. Eles pedem indenização por danos morais e materiais e apontam o desenho e o funcionamento da aeronave como as principais causas do acidente.

Os advogados representam 16 famílias francesas e a brasileira Angela de Oliveira Pereira. Os filhos dela, uma menina de 11 anos e um rapaz de 18, perderam o pai no acidente, o italiano Luigi Zortea. "Quem mantinha nossa família era o Luigi. Se eu não tivesse uma forma de nos sustentar, como estariam meus filhos? Eles (Air France) ficam fazendo homenagens aos familiares, mas na hora de resolverem as questões de fato, nada fazem", disse.

Fonte: DGABC

terça-feira, 14 de junho de 2011

Um único celular pode derrubar um vôo, diz Associação de Transporte Aéreo

Estudo conduzido pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) chegou a uma constatação que todos os passageiros conhecem, mas, nem por isso, respeitam: usar dispositivos eletrônicos como smartphones e tablets durante o voo pode causar acidentes – às vezes, fatais.
A pesquisa – ainda não divulgada ao público – descobriu que graças a um único BlackBerry ou iPad o sistema do avião pode ser desligado, e o piloto automático, desativado. Além disso, os gadgets podem ser extremamente prejudiciais em caso de mal tempo, pois desestabilizam os instrumentos de orientação utilizados pelos pilotos.
A Associação – que reúne mais de 200 companhias de aviação – averiguou que, em seis anos, 75 incidentes – causados por passageiros que deixaram seus aparelhos ligados – mereceram atenção. Desses, em 26 verificou-se problemas com os controles do veículo e em 17 o sistema de navegação foi prejudicado.
Outro estudo, conduzido pela fabricante de aviões Boeing, concluiu que o dispositivo que causa maior interferência é o iPad, seguido pelo BlackBerry. Nos testes, apenas um deles enviava tantos sinais que o nível considerado seguro pela empresa para levantar voo era facilmente ultrapassado
O documento da Boing inclui, inclusive, testemunho de pilotos, relatando problemas causados pelos aparelhos. “A 4500 pés (1370 metros), o piloto automático foi desabilitado e os alertas começaram a ser exibidos”, diz um deles. “As aeromoças foram imediatamente impelidas a procurar por PAX (passageiros) que estivessem utilizando dispositivos eletrônicos. Elas reportaram quatro ocorrências (um celular e três iPods)”.
Nos últimos anos, especialista têm alertado que a crescente obsessão por dispositivos móveis é capaz de criar uma “tempestade” de interferência, levando à falha de instrumentos e, em casos extremos, a sérios acidentes;
Membros da IATA insistem para que passageiros não ignorem mais os avisos quanto ao perigo de aparelhos conectados à rede. Eles são claros: o avião pode colidir por causa dos mesmos.
A interferência provocada por smartphones foi citada como um dos possíveis motivos para a queda de um avião na Nova Zelândia em 2003 – o piloto estaria telefonando para casa. Oito pessoas morreram. Já em 2007, o equipamento de navegação de um Boeing 737 falhou logo após a decolagem nos Estados Unidos, e só foi reativado após avisaram um passageiro para que desligasse seus GPS.
Fonte: IDG Now

American Airlines vai oferecer Samsung Galaxy Tab durante o voo



A empresa de aviação American Airlines vai oferecer o tablet Samsung Galaxy Tab para alguns passageiros em voo. Será uma das vantagens para cabines de primeira classe ou em voos transcontinentais. Cerca de 6 mil aparelhos já foram comprados, segundo o blog Venture Beat.

Será a primeira vez que uma empresa norte-americana oferece um tablet de marca como opção de entretenimento. Com o investimento, as empresas esperam contribuir tanto para o avanço da Samsung na concorrência dos tablets quanto para a American Airlines, que inova ao apostar no luxo tecnológico, que é uma tendência da aviação civil.

O Galaxy Tab 10.1 é um tablet com 8.6 milímetros de espessura, o mais fino do mercado. Vem equipado com Wi-Fi e tem tela de 10.1 polegadas. Roda o sistema operacional Android.

Fonte: UOL

Gordura animal: em breve nos tanques de jatos

Com o alto preço do combustível golpeando companhias aéreas em todo o mundo, energia alternativa para a aviação comercial pode ser a solução em um futuro próximo.

A ASTM International - organismo americano de normatização técnica para materiais, produtos, sistemas e produtos – deve votar nos próximos meses a certificação de um combustível Hidrotratável Renovável para Jatos (HRJ).

Testes em laboratório e no ar conduzidos pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos revelaram que o HRJ pode ser processado a partir de diferentes tipos de matéria-prima – desde ervas daninhas até gordura animal – para produzir um combustível quimicamente idêntico ao querosene, derivado do petróleo, atualmente usado na aviação.

“Sabemos que é viável e seguro”, disse Lourdes Maurice, diretora do departamento de energia e meio-ambiente do U.S. Federal Aviation Administration (FAA) – órgão regulador da aviação civil nos Estados Unidos. “O trabalho e os obstáculos que encontramos mostram que a direção a ser tomada é reduzir a emissão de gases do efeito estufa e, no âmbito de distribuição, garantir a disponibilidade de produto”.

Tais desafios logísticos irão determinar o número de passageiros do transporte aéreo mundial que irão voar com biocombustível, e também em qual velocidade. Mas, não há duvida de que as oscilações no mercado mundial de óleo cru deste ano levaram empresas de aviação e seus passageiros a repensar sobre o fardo da dependência do petróleo e seu impacto sobre o custo das viagens aéreas.

Preços nas alturas

Agitações no Oriente Médio, principalmente na Líbia, grande produtora de petróleo, ajudaram a elevar o preço do petróleo no mundo a níveis nunca vistos deste o pico histórico de 2008 – entretanto, muitas vezes a pressão é ainda pior para o combustível de aviação. Quando as refinarias estão sobrecarregadas, a produção de querosene para aviação é diminuída em favor de produtos mais lucrativos – como o diesel – que agora têm maior demanda no mercado de transporte por caminhões com o início da recuperação da economia. O terremoto e o tsunami que atingiram o Japão em março, causando a interrupção de três grandes refinarias, também levaram à uma queda na oferta de combustível aéreo do mercado.

Como resultado, o preço do querosene de aviação subiu quase 50% em relação ao ano passado, 30% somente em 2011. No primeiro trimestre deste ano, a compra de combustível de aviação representou 33% dos gastos das principais empresas aéreas americanas, superando custos trabalhistas (25%) – que era a maior fonte de despesas do segmento.

Cada centavo aumentado no custo do combustível aéreo representa uma diferença de 175 milhões de dólares no lucro final destas empresas, segundo John Heimlich, economista chefe da Air Transport Association, grupo representante das empresas aéreas americanas. Então, quando há um aumento de 1 dólar no preço do querosene, como aconteceu no ano passado, as empresas aéreas sofrem um aumento de 17,5 bilhões de dólares em seus gastos.

O resultado são perdas e quedas nos lucros, mesmo com o aumento na receita de passageiros observado neste ano. As companhias aéreas reagiram com planos de inativar aeronaves mais antigas e menos eficientes nos próximos meses, considerando também a possibilidade de corte de serviços.

Mas, até o momento, a primeira atitude tomada foi de repassar tais custos. A ATA informa que o preço médio por milha voada paga pelos passageiros subiu 11.5% no último ano, para 16,75 centavos de dólar, e aumentos adicionais são esperados. “A forma encontrada pelas companhias aéreas para enxugar custos foi tentando buscar a ajuda dos passageiros para compensar os custos mais altos do negócio. Se isto não der certo, elas terão de reduzir os gastos”, disse Heimlich.

Selo de aprovação

Mas, a aviação está tomando um passo importante ao se libertar da dependência do petróleo
através do biocombustível.

O etanol, derivado de grãos ou da cana de açúcar geralmente usado em automóveis, não funcionaria para a aviação, pelo menos com os motores de jatos de hoje, devido à baixa densidade de energia deste combustível.

Porém, diversas empresas start-up em todo o mundo vêm trabalhando com um combustível bem diferente, derivado de óleos extraídos de plantas ou gordura animal. Tais óleos são tratados com hidrogênio para produzir o HRJ, querosene sintético quimicamente semelhante àquele usada na aviação. Somente o processo por datação de carbono poderia revelar que o mesmo não é feito de combustíveis fósseis.

De acordo com a multinacional UOP Honeywell, empresa de desenvolvimento e fornecimento de tecnologia do setor petroquímico e líder em licenciamento de tecnologia HRJ, um dos benefícios do processo é a flexibilidade de matéria prima.

Empresas vêm produzindo HRJ com as sementes oleosas da camelina, da mesma família da mostarda, e também da planta jatropha. Resíduos animais e algas também são considerados prováveis fontes abundantes de óleo.

Empresas start-up estão se esforçando para mostrar que podem produzir biocombustível para aviação a partir de fontes não-comestíveis, evitando, assim, a concorrência dos alimentos – uma das principais críticas ao ethanol originário do milho – e prevenindo a redução de áreas dedicadas à agricultura e florestas.

Assegurar que o combustível alternativo realmente reduza as emissões de dióxido de carbono será crucial para ganhar a aceitação pública. Outro combustível sintético recebeu a certificação para uso na aviação em 2009, mas esta alternativa – produzida através do processo Fischer-Tropsch (F-T), desenvolvido na Alemanha antes da Segunda Guerra – geralmente depende de combustíveis fósseis como matéria-prima. A biomassa também pode ser utilizada para produzir combustível F-T, mas, além de caro, o processo exige muita energia.

É por isso que o mundo da aviação está aguardando a aprovação do HRJ, já que os custos previstos das instalações de processamento são bem mais baixos.

Certamente debates irão surgir acerca do impacto do uso da terra com diversos tipos de matéria-prima. Outra questão será comprovar qual biocombustivel seria mais sustentável ao meio ambiente.

Mas, tal discussão não pode realmente decolar até a certeza de que o HRJ poderá ser usado na aviação comercial. Por isso a votação da certificação pela ASTM nos próximos meses é de extrema importância. As normas de aviação em todo o mundo necessitam desta certificação antes de utilizar HRJ em vôos para o transporte de passageiros.

Um comitê formado por especialistas em combustíveis se reunirá em junho para analisar o HRJ e, se votarem em favor de sua aprovação – como é esperado – a questão será então votada pelo ASTM.

O comitê de combustíveis do ASTM levou o HRJ à consideração em dezembro, mas membros representantes de fabricantes de motores apresentaram preocupações em relação a alguns resultados dos testes.

Uma nova bateria de testes realizada no início deste ano mostrou que o problema previamente encontrado era proveniente de contaminação nas amostras utilizadas. No início deste mês, durante uma reunião de especialistas em aviação técnica, as mesmas empresas que haviam manifestaram preocupações indicaram estar agora preparadas para votar pela certificação, disse Jim Rekoske, vice-presidente e diretor geral do departamento de energia renovável da UOP.

A Iniciativa de Combustíveis Alternativos para Aviação – organismo americano que representa companhias aéreas, aeroportos, outras empresas do segmento da aviação e o governo – prevêem o mesmo calendário.

Segundo Rekoske, somente com a certificação em vigor empresas poderão construir bio-refinarias capazes de produzir quantidade suficiente de combustível de aviação renovável. “Como investidor, é difícil assumir um projeto para a produção de um tipo de combustível que não tem certificação de uso. Muitos projetos estão na prateleira, aguardando pela certificação – quando poderão realmente oferecer possibilidades de lucro”.

Após a certificação, Rekoske diz que espera que as companhias aéreas entrem em disputa para ver quem será primeira a oferecer vôos com biocombustível. A Lufthansa, por exemplo, já tem planos de realizar testes com um Airbus A321 em vôos comerciais na rota Hamburgo-Frankfurt. A brasileira TAM também já planejou vôos “verdes” na ponte aérea São Paulo - Rio de Janeiro.

A logística de levar combustível alternativo para o ar na verdade pode ser mais simples do que o desafio de colocá-lo nas estradas. Nos Estados Unidos, o abastecimento de 90% de toda a aviação comercial é realizado em apenas 40 aeroportos, informa a FAA.

Demanda militar

Alguns dos mais importantes vôos de teste que ajudaram provar a viabilidade do HRJ foram conduzidos por um dos maiores consumidores de combustível aéreo do mundo, o Pentágono.

No teste mais recente, realizado em março, uma aeronave F-22 Raptor, da Força Aérea americana, realizou com sucesso um vôo em velocidade supersônica partindo da Edwards Air Force Base, na Califórnia, com uma mistura 50-50 de HRJ e combustível aéreo derivado do petróleo.

Fonte: IG