quarta-feira, 29 de junho de 2011

Infraero aprova projeto para Cumbica (SP)

O aguardado projeto do TPS 3, novo terminal de passageiros do aeroporto de Cumbica, está pronto e aprovado pela Infraero. Com 230 mil metros quadrados, terá condição de receber 19 milhões de passageiros ao ano, segundo especialistas, quase dobrando a capacidade atual, de 20,5 milhões (em 2010, estourou o limite e recebeu 26 milhões).

O projeto vencedor da concorrência aparece na nova edição da revista "Monolito", a que a Folha teve acesso. O planejamento da Infraero prevê a conclusão de 40% da obra no fim de 2013, com investimento de R$ 716,6 milhões. Com isso, o aeroporto ganharia um fluxo adicional de 10 milhões de passageiros antes da Copa-2014. O restante fica para depois.

O projeto é assinado pelo escritório paulistano de Mario Biselli e Artur Katchborian, em coautoria com Gicele Alves. O desenho lembra o de um avião. De acordo com Biselli, a orientação recebida foi conceber um projeto que pudesse ser executado o mais rapidamente possível.

A demanda inspirou a escolha pelo uso de material pré-fabricado, integralmente metálico. "Será uma obra mais de montagem mecânica do que de construção civil", diz Biselli. Outra demanda, esta de segurança, é que as áreas de embarque e desembarque estejam separadas. Por isso o plano tem cinco pavimentos.

Especialistas elogiam o projeto, mas com ressalvas. "Não é revolucionário, mas tem boas referências", diz o arquiteto Guilherme Wisnik. Ele enaltece o uso de elementos contemporâneos como materiais leves e luz natural. Mas o engenheiro e professor da USP Jorge Leal levanta dois pontos: a mobilidade de um terminal a outro e a modularida de do projeto: "Não pode ser prato pronto. Tem de ter flexibilidade."

Quarto Terminal
Biselli diz que o projeto considera a conexão física por meio de esteiras e local para estação de ônibus. Quanto à modularidade, lembra que as paredes são removíveis e que sobra espaço para um quarto terminal.

O TPS 3 é um projeto antigo e polêmico da Infraero que já está completando 17 anos desde que foi pensado. A licitação da construção depende de detalhamento técnico e só sai no fim do ano.

As obras de terraplanagem do pátio da pista, executadas pelo Exército, já se iniciaram. A Infraero informou que o planejamento será mantido mesmo com a concessão à iniciativa privada.

Fonte: Jornal de Turismo

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